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Sobre Antonio Miranda
 
 


 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Foto e biografia: https://academiamtdeletras.com.br

 

MARTA HELENA COCCO

( BRASIL – MATO GROSSO )

 

Marta nasceu em Pinhal Grande-RS, em 18 de setembro de 1966. Mudou-se para Mato Grosso em 1992, residindo por 5 anos em Diamantino. Em 1997 mudou-se para Cuiabá e em 2013 para Tangará da Serra.

É formada em Letras pela UNIFRA e em Zootecnia pela UFSM (Santa Maria - RS). É especialista em Teorias e Práticas do Texto (UFMT/UFMG), mestre em Estudos da Linguagem (UFMT) e doutora em Letras e Linguística (UFG).

Atualmente leciona Literaturas da Língua Portuguesa no curso de Letras da Universidade do Estado de Mato Grosso – campus Tangará da Serra, e no programa de Pós-graduação PROFLETRAS no campus de Sinop.

É líder do grupo de pesquisa Literatura, leitura e ensino (Unemat/CNPq) e membro do projeto de extensão: Poesia, Corpo e Cordas.

Além de vários artigos em revistas científicas da área de Letras, publicou capítulos em livros da área, organizou alguns deles e criou o roteiro do vídeo Casaldáliga Poeta, além do roteiro da apresentação Cênica Personas do Tempo apresentado em projeto do Sesc Arsenal.

Também é co-organizadora das antologias comentadas da poesia produzida em Mato Grosso denominada “Nossas vozes, nosso chão”, com três volumes já publicados.

É membro da Academia Mato-grossense de Letras (cadeira nº 18).

 

Publicou os seguintes livros:

 

Divisas (Santa Maria, 1991) – poesia

Partido (Cuiabá, Tempo Presente, 1997) – poesia

Meios (Cuiabá: Ed. da autora, Prêmio Mato Grosso Ação Cultural, 2001) – poesia

O ensino da literatura produzida em Mato Grosso: regionalismo e identidades (Cuiabá: Ed. Cathedral, 2006) – crítica literária

Sete dias (Rio de Janeiro: Ed. Galo Branco, 2007) – poesia

Sábado ou cantos para um dia só – (Cuiabá: Ed. Carlini e Caniato, 2011) – poesia

Lé e o Elefante de Lata (Tangará da Serra: Ed. Ideias, 2013) – livro infantil

Doce de Formiga (Cuiabá: Ed.Tanta Tinta, 2014) – livro infantil

Mitocrítica e poesia: regimes, imagens e mitos na poética de Lucinda Persona – Cuiabá: Ed. Carlini e Caniato, 2016

Não presta pra nada – contos – Prêmio Mato Grosso de Literatura 2015 – Cuiabá: Carlini e Caniato, 2016.

Sabichões – Livro infantil – Selecionado para o PNLD literário em 2018 – Cuiabá: Tanta Tinta, 2016.

Meu corpo é uma fabricazinha? Tangará da Serra: ed. da autora, 2020. (Será lançado em breve)

Escrituras animais – Vencedor do prêmio Estevão de Mendonça. Deverá ser lançado em 2021.

 

 

LB revista da literatura brasileira. 25  -  Direção: Aloysio Mendonça Sampaio. 
São Paulo, SP:  2002. 46 p;  14 x 21 cm.   Ex. doado pelo livreiro BRITO – Brasília- DF

 

 A Propósito

Medir o tempo: tarefa pesada.
Ocorre que o dia vem sendo tecido
sem os fios de sol
nem os gritos de galo.
A noite, sem nuances de lua,
sem purpurinas, só o palo.
Como contar que as estações,
depois do êxodo dos campos,
passeiam angustiadas nas ruas?

Medir o tempo:
tarefa desnecessária.
Quem olha para os astros
com propósito poético?

Medir o tempo: tarefa mecânica.
Só possível a um cruel objeto
retardado se obsoleto.
Quem entende seu movimento
além do campo semântico
dos ponteiros?
Não por acaso
ali as eternidades somem
se a vida esfrega os pontos
na cara dos homens.


Valores

A esquina a saia o salto
a boca a bolsa o preço.
A vida é cara
e há quem discorde.
A hipocrisia não dá,
empresta as cartas
e as cobra com juros.

Moral emprestada
é dívida nunca paga.


Bucolismo Tropical

O amor
quer um vão
entre as folhas
das mangueiras.
Quer esparramar seus raios
chegar ao corpo
do chão.
E às vezes, mais fundo,
quer o gosto
lenhoso — visceral
das raízes.
Solo e sol
a sós.
 


https://blog.embarca.ai


Uma porção de Cuiabá

Entre cores e raças
ruas e praças
sob um sol contundente
e um falar tão diverso
a cidade se move.

Lenta se apressadamente
altera seus retratos
edita seus postais
com bons e maus tratos.

Ecos do Pantanal
desenhos de Chapada
passado e pessoas
convergem para ela.

Já vi sem tantas telas
e pensei fazê-la em versos.
Cuidei que fossem leves
de um concreto digerível
e ao sabor de suas noites:
Cuiabá... um poema tropical.

        
(Os poemas acima integram a obra:
“Meios” – vencedora do prêmio Mato Grosso Ação Cultural.)

 

*

VEJA e Leia outros poetas de MATO GROSSO em nosso Portal:

http://www.antoniomiranda.com.br/poesia_brasis/mato_grosso/mato_grosso_index.html

 

Página publicada em Outubro de 2023


 

 

 
 
 
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